Placenta Prévia: O Que É? E Como Cuidar Durante A Gestação

A placenta prévia é uma condição rara e potencialmente preocupante durante a gestação, e entender mais sobre ela é fundamental para garantir uma gravidez segura.

Se você recebeu o diagnóstico de placenta prévia, é natural que surjam muitas dúvidas e preocupações sobre como essa condição pode afetar sua saúde e a do seu bebê.

Neste artigo, vamos explorar de maneira clara e informativa o que é, suas causas, sintomas e os cuidados necessários para garantir o bem-estar durante a gestação. Nosso objetivo é fornecer informações confiáveis para que você se sinta mais tranquila e confiante ao lidar com essa situação. No entanto, faça o seu acompanhamento médico regularmente

Aqui você descobrirá tudo o que precisa saber sobre placenta prévia e como cuidar da sua gestação de forma segura e saudável.

O que é Placenta Prévia?

É uma condição obstétrica onde a placenta se posiciona na parte inferior do útero, onde cobre parcialmente ou todo o colo do útero. Normalmente, a placenta se fixa na parte superior do útero, longe da abertura cervical. No entanto, essa localização anômala pode interferir no parto vaginal e representar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Existem três tipos principais:

  • Placenta Prévia Completa: A placenta cobre totalmente a abertura do colo do útero, tornando o parto vaginal impossível e, em geral, levando à necessidade de uma cesariana.
  • Placenta Prévia Parcial: A placenta cobre parcialmente a abertura cervical, o que pode permitir um parto vaginal, mas ainda apresenta riscos significativos.
  • Placenta Prévia Marginal: A placenta está localizada próxima à borda do colo do útero, mas não o cobre. Dependendo da proximidade, pode ser possível um parto vaginal, mas com monitoramento rigoroso.

O diagnóstico é geralmente feito através de um ultrassom durante o segundo trimestre da gestação. É uma condição que requer atenção médica contínua para evitar complicações graves.

Causas Placenta Prévia

Não tem uma causa única identificável, mas alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolver essa condição durante a gestação. Conhecer esses fatores é importante para compreender melhor como a placenta prévia pode ocorrer.

  1. Histórico de Cirurgias Uterinas: Mulheres que já passaram por cesarianas anteriores ou outras cirurgias uterinas têm um risco maior de desenvolver placenta prévia em gestações futuras. Isso ocorre porque a cicatriz no útero pode influenciar o local de implantação da placenta.
  2. Idade Materna Avançada: Gestantes com 35 anos ou mais têm um risco maior, possivelmente devido às mudanças no útero que ocorrem com a idade.
  3. Gravidezes Múltiplas: Mulheres que tiveram várias gestações anteriores, especialmente aquelas que tiveram gêmeos ou múltiplos, também têm um risco maior. O aumento da superfície do útero em gravidezes múltiplas pode favorecer a implantação da placenta em locais anômalos.
  4. Fatores Relacionados ao Estilo de Vida: Tabagismo e uso de drogas, como a cocaína, durante a gestação, estão associados a um risco maior de placenta prévia. Esses hábitos podem afetar o desenvolvimento normal da placenta e sua fixação ao útero.
  5. Histórico de Placenta Prévia: Se a gestante já teve placenta prévia em uma gravidez anterior, as chances de que isso ocorra novamente aumentam significativamente.

Entender esses fatores de risco ajuda a destacar a importância do acompanhamento pré-natal regular, onde o diagnóstico precoce pode permitir uma gestão adequada da gestação.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas podem variar, mas o mais comum é o sangramento vaginal indolor, geralmente durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação. Esse sangramento pode ser leve ou abundante, e embora muitas vezes não cause dor, deve ser considerado um sinal de alerta importante.

Reconhecer os sintomas e obter um diagnóstico precoce é crucial para a gestão segura da gestação com placenta prévia.

Cuidados Durante a Gestação

Gestantes diagnosticadas precisam seguir cuidados especiais para garantir a segurança de ambas, mãe e bebê. A abordagem pode variar dependendo da gravidade da condição e do estágio da gravidez, mas há orientações gerais que devem ser seguidas.

  1. Repouso Relativo: Em casos de placenta prévia, especialmente quando há sangramento, é comum que os médicos recomendem repouso relativo. Isso significa evitar atividades físicas intensas e, em alguns casos, até mesmo abster-se de relações sexuais, para reduzir o risco de sangramento.
  2. Monitoramento Contínuo: Visitas regulares ao obstetra são fundamentais na hora do monitoramento da saúde do bebê e da mãe. Ultrassons frequentes ajudam a avaliar a posição da placenta e verificar se há mudanças ao longo da gestação.
  3. Preparação para Cesárea: Em casos de placenta prévia completa ou parcial, a cesárea é geralmente recomendada como o método mais seguro de parto. O planejamento antecipado da cesariana ajuda a evitar emergências e complicações durante o trabalho de parto.
  4. Controle de Estresse: O diagnóstico de placenta prévia pode ser estressante, e o controle emocional é essencial. Técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, podem ajudar a gestante a manter a calma e reduzir o estresse.
  5. Atenção à Alimentação: Manter uma dieta balanceada e rica em nutrientes é vital para a saúde da mãe e do bebê. A ingestão de ferro, por exemplo, é importante para prevenir anemia, especialmente se houver episódios de sangramento.
  6. Apoio Psicológico: Em alguns casos, pode ser útil buscar apoio psicológico para lidar com as ansiedades e preocupações relacionadas ao diagnóstico de placenta prévia. Ter um espaço para expressar essas emoções pode aliviar a carga emocional.

Seguir essas orientações e manter um diálogo aberto com o obstetra garante uma gestação mais segura, minimizando os riscos associados à placenta prévia.

Riscos e Complicações

Embora muitas gestações com placenta prévia possam ser gerenciadas com sucesso, é importante estar ciente dos riscos e complicações que podem surgir, tanto para a mãe quanto para o bebê.

  1. Hemorragia Materna: Um dos riscos mais significativos associados à placenta prévia é a hemorragia, que pode ocorrer de forma súbita e intensa. Isso pode levar a uma necessidade urgente de cesariana e, em casos graves, à transfusão de sangue.
  2. Parto Prematuro: Devido ao risco de hemorragia ou outras complicações, o parto prematuro pode ser necessário em algumas gestantes com placenta prévia. Isso pode trazer riscos adicionais para o bebê, como problemas respiratórios e baixo peso ao nascer.
  3. Placenta Acreta: Em alguns casos, a placenta pode se fixar profundamente na parede uterina, uma condição conhecida como placenta acreta. Essa condição é associada a um maior risco de complicações durante o parto e pode requerer uma histerectomia (remoção do útero) para controlar a hemorragia.
  4. Restrição de Crescimento Fetal: A placenta prévia pode, em alguns casos, limitar o fluxo sanguíneo e de nutrientes para o bebê, resultando em restrição de crescimento fetal. Isso significa que o bebê pode não crescer adequadamente, necessitando de monitoramento contínuo.
  5. Complicações Pós-Parto: Após o nascimento, as mulheres que tiveram placenta prévia podem enfrentar complicações, como infecções uterinas ou hemorragias pós-parto, exigindo cuidados médicos adicionais.
  6. Impacto Psicológico: Além dos riscos físicos, o diagnóstico de placenta prévia pode ter um impacto emocional significativo, causando ansiedade e estresse durante a gravidez. Por isso, o apoio emocional é uma parte essencial do cuidado.

Entender os possíveis riscos e complicações permite que a gestante e sua família estejam melhor preparados para enfrentar os desafios que podem surgir durante a gravidez.

Tratamentos Disponíveis para Placenta Prévia

O tratamento depende da gravidade da condição, da idade gestacional e da presença de sintomas como sangramento. Aqui estão as principais abordagens utilizadas:

  1. Monitoramento e Repouso: Em casos menos graves de placenta prévia marginal ou parcial, o tratamento pode se limitar a monitoramento regular e repouso, especialmente se a condição for diagnosticada precocemente. O objetivo é prevenir complicações até que o bebê esteja suficientemente desenvolvido.
  2. Medicação: Se houver sangramento, medicamentos como corticosteroides podem ser administrados para acelerar o desenvolvimento dos pulmões do bebê, preparando-o para um possível parto prematuro. Além disso, medicamentos para prevenir contrações uterinas também podem ser prescritos.
  3. Cesárea Programada: A maioria das mulheres com placenta prévia completa ou parcial precisará de uma cesariana para o nascimento do bebê. A cesárea é geralmente programada entre 36 e 37 semanas de gestação para minimizar os riscos de hemorragia e parto prematuro.
  4. Internação: Em casos de sangramento severo ou persistente, a internação hospitalar pode ser necessária. Isso permite que a gestante seja monitorada de perto e que intervenções emergenciais possam ser realizadas rapidamente, se necessário.
  5. Terapia de Apoio: O suporte emocional e psicológico pode ser parte do tratamento, ajudando a gestante a lidar com a ansiedade e o estresse relacionados à placenta prévia. Grupos de apoio e aconselhamento individual são recursos úteis nesse processo.
  6. Histerectomia em Caso de Placenta Acreta: Se a placenta estiver fixada profundamente no útero (placenta acreta), a histerectomia pode ser necessária durante a cesariana para controlar a hemorragia. Esse procedimento é mais comum em casos de placenta acreta e exige um planejamento cuidadoso.

Os tratamentos são personalizados para cada caso, levando em consideração as necessidades específicas da gestante e do bebê. O acompanhamento médico contínuo é essencial para garantir a segurança durante toda a gestação.

Aqui estão alguns aplicativos que podem ser úteis para gestantes, incluindo aquelas com condições como placenta prévia:

  1. BabyCenter: Oferece informações semanais sobre o desenvolvimento do bebê e da gravidez, com dicas e lembretes úteis para cada estágio da gestação.
  2. Ovia Pregnancy Tracker: Um aplicativo completo para acompanhar a gravidez, com um diário de saúde onde a gestante pode registrar sintomas, consultas médicas e informações sobre condições específicas como a placenta prévia.
  3. Pregnancy+: Fornece informações detalhadas sobre o desenvolvimento do bebê, além de recursos para acompanhar a saúde da mãe e do bebê durante toda a gestação.
  4. What to Expect: Este aplicativo acompanha a gestação semana a semana, oferecendo dicas e informações para ajudar a manter a saúde da mãe e do bebê, incluindo cuidados para situações específicas.

Esses aplicativos não substituem o acompanhamento médico, mas podem ajudar a gestante a monitorar sua saúde e receber orientações adicionais durante a gravidez.

Conclusão

A placenta prévia é uma condição séria que requer atenção e cuidados especiais durante a gestação. Com o acompanhamento médico adequado e a adoção de medidas preventivas, é possível gerenciar os riscos e garantir a segurança da mãe e do bebê.

Se você foi diagnosticada, mantenha um diálogo aberto com seu obstetra, siga as recomendações médicas e cuide de sua saúde com o devido cuidado.

Lembre-se de que, embora a placenta prévia possa apresentar desafios, a medicina moderna oferece várias opções para garantir um resultado positivo. Com a preparação certa e o suporte necessário, você pode passar por essa fase com confiança e tranquilidade.

Perguntas Frequentes 

O que é esse tipo de placenta?

A placenta prévia é uma condição na qual a placenta se localiza na parte inferior do útero, cobrindo total ou parcialmente o colo do útero. Isso pode causar complicações durante a gestação e o parto.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas de placenta prévia incluem sangramento vaginal indolor no segundo ou terceiro trimestre e, em alguns casos, contrações uterinas.

Como é diagnosticada?

A placenta prévia é diagnosticada por meio de ultrassom, que mostra a posição da placenta em relação ao colo do útero.

Pode causar parto prematuro?

Sim, em alguns casos, placenta prévia pode levar ao parto prematuro devido ao risco de hemorragia ou outras complicações.

É possível ter um parto normal?

Em casos de placenta prévia completa, o parto vaginal não é possível, e a cesariana é necessária. Em casos de placenta prévia marginal, o parto vaginal pode ser possível, mas com monitoramento rigoroso.

O que a causa esse tipo de placenta?

Fatores de risco incluem histórico de cesarianas, idade materna avançada, gravidezes múltiplas e uso de tabaco ou drogas durante a gestação.

É perigoso?

Sim, placenta prévia pode ser perigosa, pois aumenta o risco de hemorragia severa, parto prematuro e complicações para a mãe e o bebê.

Como é o tratamento?

O tratamento depende da gravidade e pode incluir repouso, medicação, monitoramento contínuo e cesariana programada.

O que fazer em caso de sangramento durante a gestação?

Em caso de sangramento, é crucial procurar atendimento médico imediato para avaliação e tratamento.

Pode desaparecer durante a gravidez?

Em alguns casos, a placenta pode “migrar” para uma posição mais alta no útero à medida que a gestação avança, especialmente se diagnosticada no segundo trimestre.

Quais são os tipos?

Existem três tipos: completa, parcial e marginal, dependendo da localização da placenta em relação ao colo do útero.

Pode ser prevenida?

Não há maneira garantida de prevenir a placenta prévia, mas evitar fatores de risco como tabagismo pode reduzir a probabilidade de desenvolvimento.

O que é placenta acreta?

Placenta acreta é uma condição onde a placenta se fixa profundamente na parede uterina, dificultando a separação após o parto e aumentando o risco de hemorragia.

Quantas semanas dura uma gravidez com placenta prévia?

A duração da gestação com placenta prévia pode variar, mas muitos partos são programados para ocorrer por volta das 36-37 semanas para evitar complicações.

O que acontece após o diagnóstico?

Após o diagnóstico, o acompanhamento médico intensivo é necessário para monitorar a saúde da mãe e do bebê e planejar o parto seguro.

Placenta prévia pode afetar o bebê?

Sim, pode afetar o bebê, especialmente se causar parto prematuro ou restrição de crescimento fetal.

Quanto tempo de repouso é necessário?

O tempo de repouso varia conforme a gravidade, mas muitas vezes é recomendado até o parto para reduzir o risco de sangramento.

Pode ser hereditária?

Não, placenta prévia não é hereditária, mas mulheres com histórico de cesarianas ou cirurgias uterinas têm maior risco.

Afeta a fertilidade futura?

Em geral, a placenta prévia não afeta a fertilidade futura, mas mulheres com histórico de placenta prévia podem ter risco aumentado em gestações subsequentes.

Existe cura?

Não há cura para placenta prévia, mas a condição pode ser gerenciada com cuidados médicos apropriados para garantir a segurança da mãe e do bebê.

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